terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Parte I

Esse trabalho  se divide em 3 partes (as outras 2 partes estão aí do lado direito do blog).

É pecado as transfusões de sangue?
Importante saber que por causa das traduções da bíblia; do hebraico pro grego;  surgiu uma confusão entre as palavras vida e alma, como sendo 2 coisas diferentes; ........ só que não são.

Vemos a relação que a bíblia faz entre a vida (como dissemos; mesma coisa que alma) com o sangue; e com o ser vivente:
1- vida (alma), estando em lugar do sangue, ou vice-versa.
A bíblia faz uma relação entre a "vida (mesma coisa que alma) e o sangue", como sendo as mesmas coisas; somente quando o homem matava (animais ou outro homem).
Levíticos 17:14- Porquanto A VIDA (OU ALMA) de toda a carne é O SEU SANGUE;......etc.
Genesis 9:4- A carne, porém, COM SUA ALMA (OU VIDA). isto é, COM SEU SANGUE, não comereis.

Se fizermos a leitura completa dos 2 capítulos (9 e 17); notamos a relação clara entre o sangue e a vida, em momentos de matança.

2- vida (ou alma); como sendo o ser vivente.
A bíblia também relaciona  "vida (ou alma)", com o ser vivente (tanto homens como animais); como sendo as mesmas coisas.
Gênesis 2:7- E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito  ALMA VIVENTE.
Gênesis 1:20- E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de ALMA VIVENTE; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.

Essa vida (ou alma) do ser vivente "existe" (ou vive), enquanto o espírito está na carne. Saindo o espírito (no caso do homem; retorna á Deus) essa alma (que é a vida) morre; ........ou deixa de existir (o vivente; ou ainda; sua existência terrena).

3- vida (ou alma); como conduta do homem (ou modo de viver do homem).
A bíblia também relaciona a palavra "vida" (alma), com o modo de vida de alguém (Salmos 25:1); .......se cristão; depois de batizado ele teria uma nova vida (uma nova conduta; ou novo homem) que passa á ser gerada pela palavra de Deus.
Essa alma (vida) é a que Davi disse que "clama ou sente anelo por Deus"; ........ resumindo; era “O SEU EU”.
Salmos 25:1- A ti, Senhor, levanto A MINHA ALMA (OU MINHA VIDA).
Romanos 6:4- De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também EM NOVIDADE DE VIDA (ou nova vida).

Essa porém não nos interessa nesse questionamento.

As testemunhas de Jeová proíbem as transfusões de sangue, porque entendem que segundo a bíblia; "todo sangue é a vida (ou alma) da carne; sendo portanto um sagrado".
Assim sendo, entendem que o sangue retirado de outra pessoa, sendo sagrado, não deve ser manipulado sob qualquer circunstância; inclusive em transfusões.
Esse é o motivo da proibição ás transfusões sanguíneas, pelas testemunhas de Jeová.

Isso do sangue simbolizar a vida (ou alma) da carne, teve 1.o esclarecimento em Noé, no dilúvio.
Como assim?
Até o dilúvio  o homem matava apenas prá fazer holocaustos (comiam do que a terra produzia); e depois do dilúvio, ele passaria Á MATAR PRÁ COMER, porque a terra já não teria mais alimento, por causa da cobertura das águas. 
Portanto a morte foi  motivo prá proibição do sangue.

A base da proibição do sangue na bíblia, realmente é pelo fato do sangue ser a vida (alma) da carne.
Mas tem um porém; quando Deus falou sobre isso á Noé, não quis dizer que a proibição se aplicaria á todo, ou qualquer tipo de sangue; ...... tipo: sangue de criaturas vivas.
Como vimos; quando Deus falava disso á Noé, Ele se referia á sangue de mortos (animais que seriam abatidos por Noé e sua descendência). 
No evento da morte; derramando o símbolo da vida (o sangue) ao solo, era como se Noé estivesse devolvendo a vida do animal á Deus; ou ainda; ......."era COMO SE o sangue estivesse no lugar da vida (alma) que morreria"; numa substituição simbólica.
Deus abriu uma porta prá matança de suas criaturas, somente com a devolução das vidas ao solo, na forma de sangue.

Provando a teoria:
Em toda a vasta bíblia, a proibição está associada somente á sangue de ABATIDOS, E NUNCA DE VIVOS; ou seja; a morte sempre foi o ponto central da proibição, porque a vida; A QUE MORRERIA, é que é sagrada.
Como a vida (A SAGRADA) seria decepada pelo homem, nesse caso "o sangue do animal que morria" se tornava sagrado porque estaria no lugar dela.
Não tem como aplicar isso a sangue de vivos, ou qualquer outro tipo de sangue.

Contraditória á proibição ás transfusões (porque se trata de sangue de vivos (doador));  a revista das testemunhas, abaixo; vai associar a proibição bíblica, TAMBÉM Á SANGUE DE ABATIDOS:
Bh cap. 13 pp. 125-133O conceito de Jeová era claro: seus servos podiam comer carne animal, mas não o sangue. Deviam derramar o sangue no solo, ______“COMO QUE" devolvendo á Deus a vida do animal______.

"........ Como que devolvendo a vida do animal.......".

A literatura fala claramente da vida que o homem mataria.
Dá prá aplicar isso á sangue de vivos (de doadores de sangue)!?
Não porque sem morte não haveria vida á ser devolvida.
Contraditoriamente; na explicação sobre "o motivo da proibição"; a literatura associa a proibição Á MORTE, quando diz que devolvendo o sangue, era como se devolvessem a vida que matariam á Deus.
Essa explicação; única aliás; só pode se aplicar á sangue de abatidos.

Realmente não existe outra explicação, ou outro motivo prá proibição do sangue; á não ser essa dada pela literatura acima. 
Proibindo as transfusões de sangue, que provém de criaturas vivas, a religião se contradiz com a literatura acima, porque um doente que recebe sangue num hospital, não mata o que lhe está doando o sangue.

Raciocinemos:
Se o motivo da proibição (como disse a literatura acima), era a devolução da vida que seria morta (COMO ELA DISSE; NO SANGUE DA VÍTIMA), então transfusões não violam a lei de Deus, porque o receptor do sangue não tem vida prá ser devolvida á Deus;....... como dissemos; não matou.
Em momento algum Deus deu á entender que quando a criatura estivesse viva, ou que em qualquer situação o sangue seria sagrado (vida).
"Contextualmente"; em toda a bíblia (de Gênesis á Atos dos apóstolos), Ele falava sempre de sangue de criaturas ABATIDAS PELO HOMEM, pois como vimos inclusive a religião concordar também; "era COMO QUE seus sangues estivessem no lugar de suas vidas no momento da morte".
Obviamente então o erro das testemunhas de Jeová está em entender errado O SENTIDO DA VIDA DA CARNE "ESTAR" NO SANGUE.

Palavras da literatura:
"Como que" = "como se fosse" = "fazendo de conta"; etc; ....... e isso tudo indica a não literalidade.

Quando lemos que algo "está em lugar de outro algo", nem sempre "esse algo" é "o outro algo" literalmente:
Por exemplo; na 1.a carta aos Coríntios cap 11:15, Paulo fala sobre "os cabelos da mulher serem ou estarem em lugar da mantilha"; e obviamente isso não é  literal.
Os cabelos da mulher são sua mantilha no sentido de "estarem no luga dela" numa representação simbólica; em se tratando da relação hierárquica entre o varão e a mulher (relativo á ordem criativa, onde Deus cria 1.o o homem e depois a mulher).
Percebemos a confusão entre as testemunhas nessa questão, porque quando perguntamos á uma delas se o sangue é a vida da carne literalmente, elas afirmarão que sim, e é claro que essa confusão se dá por causa das poucas informações que a Organização lhes fornecem nesse quesito.

Na realidade a religião concorda que isso não é literal; ....... comprovamos isso nessa literatura abaixo:
Estudo Perspicaz// Alma; 25.o paragr:
....... as Escrituras falam da né•fesh  (alma) "COMO ESTANDO" no sangue. Obviamente, NÃO SE QUER DIZER ISSO DE FORMA LITERAL; visto que as Escrituras também falam do sangue das vossas almas”.

Nem todo sangue é vida ou sagrado aos olhos de Deus; e como dissemos; o equívoco das testemunhas está em entender errado "O SENTIDO DO SANGUE SER A VIDA DA CARNE".
Outros 2 exemplos (podemos citar dezenas) de como essas colocações bíblicas nem sempre são literais, mas apenas simbólicas:
1- O pão da santa ceia se torna sagrado "no evento da santa ceia" porque é tido como a carne de Cristo.
2- O vinho da santa ceia se torna sagrado "no evento da santa ceia" porque é tido como o sangue de Cristo.

Agora raciocinemos:
Será que quando Jesus Cristo disse que o pão e o vinho seriam símbolos da sua carne e seu sangue no evento da santa ceia (SAGRADOS PORTANTO NESSE EVENTO), ele queria dizer que todo e qualquer pão e vinho também seriam sagrados?
Obviamente que não, porque "esses 2 símbolos" não seriam a carne e o sangue de Cristo literalmente; e isso também ocorre com essa história do sangue ser a vida da carne; ....... pois como dissemos; somente NO EVENTO da morte o sangue passaria á ser (estar) no lugar da vida (Levíticos 17:14- Porquanto "A VIDA" de toda a carne é  "O SEU SANGUE";......etc).

Lembremos das expiações (tem muito á ver com esse assunto).

O homem se distanciava de Deus por causa de seus pecados, e a expiação se consistia numa reaproximação entre ele e Deus.
Também podemos chamar isso de "resgate ou compra", onde a moeda prá essa compra era a vida de outro ser vivente.

Como era isso?
O homem pecava constantemente, e por causa da sujeira dos pecados; prá que SUA VIDA  permanecesse de pé diante de Deus; 1 vez ao ano ele tinha que resgatá-la através da vida de outro ser vivente (um animal), ...... e com isso um animalzinho inocente teria que morrer.
Com a morte de "um" acontecia a reaproximação do "outro" á Deus.

Era como numa balança:
De um lado da balança haveria 1 vida (a do homem), e do outro lado da balança teria que haver outra vida (a do animal); prá que houvesse uma equivalência (1 por 1 (uma medida exata)).
Um morria pro outro permanecer vivo diante de Deus.
Hebreus 9:22 diz que sem a morte não ocorreria a expiação. Isso se dava simplesmente porque, SEM A MORTE o sangue não seria vida; ou; SEM A MORTE o sangue o teria "o peso de 1 vida"; necessário para a equivalência na balança da expiação.

1 vivente teria que morrer prá acontecer a expiação!?
Na morte do vivente, sua vida era transferida (simbolicamente) pro sangue; ........ e ai o mesmo passaria á ter "o peso" de 1 vida.
Claro que diante disso, chegamos á conclusão que o que contava na expiação não era o sangue propriamente dito; mas a vida do animal; ou seja; sem a morte da vida o sangue não teria valor de 1 vida, e nesse caso não poderia ser sagrado; e com isso; consequentemente não teria condições prá expiar, pois do contrário as expiações poderiam ser feitas com o sangue de animais vivos.
Hebreus 9:22- E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue (grifo acresc: sem morte) não ocorreria a expiação (grifo acresc: o perdão).

“Sem derramamento de sangue” quer dizer: “SEM MORTE”.
Alguém poderá dizer: "mas no texto bíblico não fala de morte".
Fala com certeza, pois o contexto do capítulo 9 de Hebreus fala sobre mortes.

Agora vamos confrontar isso que vimos sobre expiações, com o ensino das testemunhas quanto ás transfusões:
Se o sangue de uma criatura viva é vida (no caso o doador de sangue)conforme as testemunhas de Jeová ensinam; não seria necessário a morte de animais prá que houvesse a expiação, porque "algumas gotas" de seus sangues poderiam ser usadas, sem que fosse preciso matá-los.
Certamente Deus aceitaria o sangue de animais vivos, sem precisar matar os coitadinhos, já que o sacerdote usava apenas algumas gotas de sangue para isso.

Tentemos imaginar a quantidade de animais que morriam num ano todo prá "expiação de pecados" de cada judeu em Israel; enfim; prás solenidades em geral; etc!?
Sem exagero algum ultrapassaria a casa do 1 milhão de animaizinhos que morriam num ano, já que a quantidade de habitantes de Israel ultrapassava de longe esse número.
(Lembremos que só de homens preparados para a guerra que saíram do Egito foram 600.000, não incluindo mulheres, indivíduos de meia idade e velhos. Obviamente somando essas pessoas que ficaram de fora da contagem, esse número passaria de 3 milhões de pessoas. E estamos falando somente dos que entraram na terra, imaginemos essa população alguns séculos depois de estabelecidos na terra!?)
Claro que acontecia uma carnificina horrível no ano todo.

Vamos raciocinar agora:
Como dissemos; o sacerdote usava SOMENTE ALGUMAS GOTAS de sangue de 1 animal prá expiar os pecados de 1 homem.
Se o sangue de uma criatura viva fosse vida como as testemunhas entendem, obviamente não haveria toda essa carnificina seria evitada!?
Por exemplo; poderiam usar o sangue do animal  SEM TEREM DE MATÁ-LO; retirando apenas algumas gotas; mantendo o pobrezinho vivo; pois o sacerdote usava não mais que 30 ou 40 gotas de sangue prá expiar os pecados de 1 homem, já que "MOLHAVA APENAS O POLEGAR" no sangue da vítima, e o aspergia diante do véu do santuário por 7 vezes.
Certo é que; com apenas uma vaca expiariam os pecados de no mínimo 1.000 judeus; ...... sem matá-la!?
Uma vaca, tem +ou- 10 litros de sangue.
Poderiam retirar + ou -  uns 3 litros de sangue da mesma, MANTENDO-Á VIVA E COM SAÚDE, e com esses 3 litros de sangue teriam aproximadamente 60.000 gotas de sangue.
Como dissemos acima, com 60.000 gotas de sangue expiariam os pecados de "NO MÍNIMO" 1.000 judeus pecadores.
Deus não pensou nisso?? ........Ou será que Deus não ama os animais!?
Obviamente isso explica o porque de Deus sempre ligar a proibição do sangue á  MORTE.
Quando Deus falava disso á seus servos no passado, sempre deu á entender que o sangue SÓ PASSARIA Á SER A VIDA (OU TERIA O VALOR DE VIDA) QUANDO ESSA FOSSE MORTA.
Em Gênesis 9:4 Ele instruía Noé em como MATAR SEM TER CULPA PELA MORTE, pois como dissemos; até então não comiam carne (eram vegetarianos), e a instrução era mais ou menos assim:
- Olha Noé! Estarei Lhe permitindo que mate criaturas minhas prá usar de alimento, mas exigirei de volta o sangue de suas vidas. Derramando-os ao solo estará "COMO QUE" devolvendo suas vidas á mim; e com isso não Lhe imputarei suas mortes (das vítimas); ....... mas se comer o sangue, Eu lhe imputarei a morte, e pagará com sua própria vida!
Foi nesse sentido que Deus disse que a vida estaria no sangue; ......quando a vida fosse abatida por Noé, ele a devolvia á Deus NO SANGUE DO ANIMAL, porque ela (a vida) passaria á ser transferida nele (no sangue do mesmo), numa substituição simbólica.

Uma testemunha de Jeová lendo isso, poderá achar um absurdo essa interpretação, ..... mas infelizmente a sua própria religião concorda com isso:
Bh cap. 13 pp. 125-133O conceito de Jeová era claro: seus servos podiam comer carne animal, mas não o sangue. Deviam derramar o sangue no solo, “COMO QUE DEVOLVENDO Á DEUS A VIDA DO ANIMAL”.

A Sentinela 01/09/1986- 3.o paragr: ...... Antes de “comerem” a carne, eles deviam derramar o sangue e cobri-lo com pó, deste modo ...... “SIMBOLICAMENTE DEVOLVENDO A VIDA Á DEUS”.

O sangue de transfusões procede de uma criatura viva (doador)).
Obviamente se Hebreus diz que somente com a morte seria possível a expiação, é porque o sangue de uma criatura viva não teria valor prá realizá-la, porque não seria vida (NÃO TEM O PESO DE 1 VIDA); e não sendo vida; ....... transfusões não são pecado!

O símbolo é sagrado em determinadas ocasiões apenas; ou seja; quando está no lugar daquilo que simboliza; "o sagrado propriamente dito".
Como citamos no início; o pão e o vinho são símbolos sagrados, somente "no evento da santa ceia" porque é uma ocasião sagrada; fora disso são "alimentos comuns".
Assim é com o sangue; ele se torna um símbolo sagrado somente no evento da morte da criatura; ou ainda; quando ele está no lugar "daquilo que realmente é sagrado"; que é a vida que foi extirpada.
Claro que a Organização das testemunhas de Jeová é obrigada á manter o ensino de que todo sangue é sagrado (vida) porque precisa manter sua proibição sobre as transfusões de sangue; mesmo que tenha que omitir fatos; mesmo que mude os focos nas proibições bíblicas (veremos ela fazer isso na 2.a parte do blog), porque + 1 erro como o das vacinas (54 anos) e dos transplantes (13 anos) seria a derrocada da religião.
Vai se tornar uma leitura um tanto maçante porque faço uso de muitas literaturas da própria religião, trazendo á baila as várias contradições contidas nelas; e mostrando o quão estão perdidos nas explicações.
O que notamos é que hoje em dia, quando uma testemunha de Jeová é questionada nesse assunto; logo ela faz uso da "doutrina do pavor" prá assustar os ouvintes mais símplices. Demonizam as transfusões de sangue, associando-as ás doenças; e prá piorar; ignorantemente apregoam que as  mesmas são substituíveis por outros tipos de tratamentos "alternativos"; ou seja; alegam que as mesmas são desnecessárias.
A questão é; se as transfusões forem substituíveis e desnecessárias (mentira porque não são), então hospitais importante no Brasil tais como: Sírio Libanês; Albert Einstein; ou outros de outras partes do mundo tais como: Johns Hopkins (EUA); Great Ormond Street Hospital (REINO UNIDO); Shouldice Hospital (CANADÁ); e tantos outros; são instituições desonestas e perigosas porque estão disseminando doenças e matando pessoas, AO MANTEREM BANCOS DE SANGUE, E FAZEREM INTENSAS CAMPANHAS DE DOAÇÕES; ou seja; não estão dando valor á vida como "juraram dar".
A verdade é; quem conhece essa religião há anos como eu conheço, nota que HOJE EM DIA seus dirigentes evitam tocar "no lado bíblico da questão do sangue".
Antigamente bombardeavam intensamente o mundo todo com centenas e centenas de literaturas, onde usavam fervorosamente "o lado bíblico" dessa questão.
Muito estranho porque cessou o bombardeio de literaturas, e esfriou o fervor; .........mas bem frisado; DO LADO BÍBLICO DA QUESTÃO!?
Hoje em dia fazem uso somente "do lado medicinal da coisa", lançando mão sempre da "doutrina do pavor" ás transfusões.
As testemunhas  batizadas de 20 anos prá cá desconhecem essas coisas.
Claro que os dirigentes da religião tiveram que voltar atrás na questão da "proibição ás vacinas e transplantes", porque foi se tornando difícil prá eles contemplarem tantas epidemias sendo irradicadas através das vacinas, e ainda manterem a proibição ridícula.
Definitivamente não é um assunto de pouca importância.
Levei quase 7 anos prá concluir esse trabalho; sendo que o que me deu forças prá insistir nele durante todos esses anos, foi que no meio do caminho (depois de 3 anos); conversando com um judeu ultra-ortodoxo, ele me disse que eu entendi "essa questão do sangue ser a vida da carne" exatamente da mesma maneira que eles entendem; ...... e há milênios.
A minha mente se abriu; e comecei á trilhar por esse raciocínio á partir de uma leitura da bíblia, onde me de deparei com o texto interessante e revelador; á saber Deuteronômio 14:21.

Deuteronômio 14:21- Não comereis nenhum animal  [encontrado] morto; ao estrangeiro, que está dentro das tuas portas, o darás á comer, ou....etc.
Deuteronômio  inicia o texto falando de animais “achados mortos”; dilacerados por feras, ou mortos por si só; OU SEJA; ANIMAIS QUE NÃO FORAM MORTOS POR HOMENS, e segue dizendo que Deus "mandava" seu povo dá-los prá alguém comer.
O que tem de interessante nisso??
Deus estava MANDANDO DAR carne sem sangrar prá comerem.
Um animal "morto por si só"; diferentemente de "um dilacerado por uma fera" estaria com seu sangue coagulado  (Deus sabia disso); e sangue coagulado é impossível sangrar (Deus também sabia disso); ou seja; mesmo Deus sabendo que COMERIAM CARNE SEM SANGRAR; ainda assim MANDAVA SEU POVO “DAR” Á ELES prá comerem.
Mais ou menos assim; o mesmo Deus que via "o ato de comer carne com sangue" (sufocado ou estrangulado) como um pecado seríssimo; ......"mandava dar carne com sangue prá alguém comer".

Usando de sensatez, o que podemos concluir com isso?
Que o sangue "desse animal" não poderia ser vida ou sagrado, pois se fosse; jamais Deus mandaria dá-lo prá alguém comer; por 3 razões  óbvias:
(1) Deus não permitia que ninguém cometesse transgressões graves, ou abominações dentro da nação santa; (2) ..... comer carne com sangue era uma das transgressões mais graves que alguém poderia cometer dentro dela; (3) ....... os estrangeiros que Deus mandava dar "carne com sangue prá comer", eram os que moravam na nação santa.

Vemos a Organização das testemunhas de Jeová concordando que incircuncisos tinham que agradar á Deus se quisessem morar na terra santa. Ou seja; não podiam cometer transgressões graves:
Sentinela 15/04/1992/ paragr. 10- .....Não-israelitas eram aceitos na Terra Prometida,dependendo de seu empenho em agradar o Deus verdadeiro”.

Pensemos:
Será que o Deus que via “o ato de comer sangue ou carne com sangue” UM PECADO SERÍSSIMO; que não permitia que incircuncisos cometessem transgressões graves (comer carne com sangue seria uma delas); mandaria dar carne com  sangue prá eles comerem??
Será que "esse mesmo Deus" induziria (ELE QUE DAVA PRÁ COMEREM) incircuncisos á praticarem uma das abominações mais graves das leis do pais, quando NÃO PODIAM FICAR Á VONTADE NA TERRA SANTA cometendo transgressões sérias??
Ou será que O SANGUE DEIXAVA DE SER SAGRADO na boca de incircuncisos??
Claro que não.
Se Deus mandou dar esse "não sangrado" (como um sufocado ou estrangulado) prá comerem, é porque "EXISTIA ALGO DE DIFERENTE NO SANGUE DESSE ANIMAL"; ......e "uma pista interessante á ser observada"; ......esse sangue provinha de um animal que NÃO TERIA SIDO MORTO POR HOMENS.
(Lembram que falamos no início; sobre o sangue ser vida somente quando a vida da criatura é decepada (morta) pela mão do homem?).

Comparemos Deut. 14:21 com Lev. 17:10:
Temos outra pista interessantíssima aqui:
De um lado vemos Deus não dando a mínima importância ao sangue do animal achado morto (NÃO morto por homens) em Deut. 14:21; ......... tanto é que mandava dar "O NÃO SANGRADO" desse texto prá alguém comer;
De outro lado vemos Deus dando extrema importância ao sangue do animal de Lev. 17:10 (morto pelos homens quando expiavam; faziam holocaustos; ou fossem comê-los), tanto é que matava quem comesse "O NÃO SANGRADO" desse texto.
Como já disse; é inconcebível a ideia de Deus MANDAR DAR o animal não sangrado de Deut. 14:21 prá alguém comer, se “seu sangue”  também fosse sagrado (vida), como era sagrado (vida) o sangue do animal de Lev. 17:10; pois se fosse, Ele estaria induzindo pessoas (ELE QUE DAVA PRÁ COMEREM) á cometerem uma das práticas mais abomináveis aos seus santos olhos.
Obviamente não haveria necessidade havia prá Deus mandar dar animais achados mortos prá comerem; .......que eram "IMPOSSÍVEIS DE SEREM SANGRADOS"; quando havia tantos animais em Israel "QUE PODERIAM SANGRAR"; e pior que isso; .......passando por cima de uma das proibições mais graves á seus olhos??
Deus não compactua de transgressões.
A questão é que; a proibição prá esses animais (Deut. 14:21) estava ligada somente á "leis dietéticas"; ou seja; o que estava envolvido nessa questão era somente a lei sobre impurezas (cadáveres), enquanto que a proibição de Lev. 17:10 estava ligada á lei do sangue.
A proibição de Deut. 14:21 (animais impuros) não precisava ser observada pelos estrangeiros moradores incircuncisos, porque era uma lei dietética exigida somente de adoradores, mas jamais induziria eles á transgredirem Lev. 17:10.
Usando de sensatez; se o sangue "desse animal" fosse sagrado, como era o sangue dos animais de Lev. 17:10, JAMAIS Deus daria prá alguém comer; independente de ser adorador ou não (circunciso ou incircunciso), porque O Criador jamais passou por cima de proibições graves Á TOA.

A religião usa de 2 argumentos estranhos na questão de Deut. 14:21:
1- Eles comiam CARNE COM SANGUE (COM SAGRADO?) porque eram pecadores (não obedeciam á Deus).
2- Deus dava pra eles comerem porque não estavam debaixo da lei; ...... não precisavam obedecer os requisitos da mesma; mesmo os mais sérios e mais importantes como esse do sangue. 

Vejam como se contradizem:
Nessa literatura abaixo a religião vai declarar que Deus não permitia que incircuncisos moradores de Israel comessem QUALQUER COISA QUE FOSSE SAGRADA na terra; contradizendo a teoria de que Deus "mandava dar" carne COM SAGRADO (carne com sangue) porque eram pecadores!?
Estudo perspicaz: Residente forasteiro //Colono//parag. 2
........o morador incircunciso da terra (de Israel) NÃO COMIA a Páscoa,...... NEM QUALQUER COISA SAGRADA.

Pergunta:
Será que as coisas servidas na páscoa, e proibida aos estrangeiros ERAM MAIS SAGRADAS QUE O SANGUE??É obvio que as coisas servidas na páscoa; ...... PROIBIDAS AOS ESTRANGEIROS,  não poderiam ser mais sagradas do que o sangue; ou seja; não existe mais sagrado ou menos sagrado na bíblia.

Se a religião ensina que Deus não permitia que incircuncisos moradores comessem "qualquer coisa sagrada" da páscoa; ENTÃO DEVIAM CONCORDAR que  o sangue do animal de Deuter. 14:21 não poderia ser sagrado, já que Deus MANDAVA DAR PROS MESMOS INCIRCUNCISOS COMEREM (claro que na carne).
É claro que terão que conviver com essa contradição esquisita; ......do contrário teriam que concordar QUE EXISTE SANGUE QUE NÃO É VIDA.
Só que se fizessem isso os fiéis iam começar a desconfiar da "tal direção teocrática" quanto á transfusão de sangue, já que a proíbem pelo fato de entenderem que o sangue do doador é sagrado (vida).
O mais interessante é que as testemunhas mais novas não sabem que essa é a base prá proibirem transfusões.
Não são muito esclarecidos; .........e claro; como diz o ditado popular: "Tem truta nessa farofa".
Como vimos, a Organização ensina que os estrangeiros comiam CARNE COM SANGUE porque não respeitavam as leis de Deus; mas é importante observar no texto de Deut. 14:21, que eles não estariam comendo por desobediência como insinuam; mas era o próprio Deus que MANDAVA SEU POVO DAR prá eles comerem; ou seja; A ORDEM PARTIA DE DEUS.
Ou será que as testemunhas de Jeová entendem que, por não serem adoradores, Deus não via “esse sangue” como um sagrado na boca deles??

Pensemos:
Não havia necessidade prá Deus mandar dar aquilo que Ele tinha como sagrado  prá alguém comer, mesmo porque Ele sempre foi rigorosíssimo nessa questão sobre o sangue.
Através desse texto incrivelmente revelador percebemos que nem sempre o sangue é vida (sagrado), e nesse caso, vimos que a confusão das testemunhas de Jeová, está em entender “O sentido do sangue ser a vida”.

Dividi o trabalho em 3 partes:
1.a- Detalho mais sobre essa questão do "sentido do sangue ser a vida da carne". 
2.a- Mostro as contradições da Organização das testemunhas de Jeová nas suas próprias literaturas, e “a salada” que fazem entre a proibição sobre "questões dietéticas (impurezas)", e a proibição sobre o sangue (as literaturas foram extraídas do 1.o cd-rom lançado pela Organização, e que contém 17 anos de todas as revistas e livros editados no período de 1980 á 1997).
3.a- Mostro “um rolo” tão grande no ensino do Estudo Perspicaz (literatura dela), que dá-se a impressão que sabem que erraram novamente, como erraram com as vacinas e transplantes no passado.
Tentei escrever sobre isso o mais abreviadamente que pude; mas é extremamente difícil fazê-lo quando se envolve “fé religiosa”, porque quando aprendemos por “muitos anos á fio” uma determinada coisa; principalmente em se tratando de fé religiosa; prá vermos “essa coisa” de outra maneira é muitíssimo difícil.

Por exemplo:
Quantos de nós fomos católicos!? Todos sabemos o quão difícil foi “aceitarmos” de início, que Nossa Senhora de Aparecida é apenas um mito?? Muitos de nós demoramos muito tempo prá nos desvencilharmos dessas crenças, porque ficamos expostos ”á elas” por muitos anos.
Assim se dá com as testemunhas de Jeová.

Será que a religião pode ter certeza quanto á sua interpretação na questão das transfusões?
Não, porque algum tempo atrás também proibiram o uso das vacinas e dos transplantes de órgãos, dizendo que “Deus os dirigia em tais proibições”; e afirmavam encontrar respaldo bíblico na sua forma de interpretar; exatamente como fazem hoje em dia com a questão das transfusões.
Vidas e destinos estão envolvidos nessa questão das transfusões; ou seja; não é um assunto de menor importância.
Simplesmente é a mesma novela que se repete.

 O abster-se de sangue; a âncora da proibição das testemunhas de Jeová.
A maior alegação que usam quando entram no assunto, é que em Atos dos apóstolos está escrito que o cristão deve ABSTER-SE de sangue; e se alguém contestar; costumam  mandar esse alguém consultar um dicionário prá ver o significado da palavra ABSTER; ou seja; levam ao pé da letra a coisa.
Diante de motivos tão sérios, será que estão agindo corretamente, levando essa questão ao pé da letra; sem buscarem “o  fundamento da proibição” dentro da bíblia??
Podem ter certeza de que existe direção de Deus nessa questão tão importante, se no período de 30 anos que proibiram vacinas, e no período de 13 anos que proibiram transplantes; também tinham certeza de direção de Deus; senão a confusão não duraria o tempo que durou??
Claro que no mínimo não deviam afirmar nada, porque o ocorrido com as vacinas e os transplantes  lhes tiraram o direito de afirmarem qualquer coisa.
Incrível que eles não entenderam isso ainda.
Como disse no inicio; as testemunhas de Jeová proíbem as transfusões de sangue porque entendem que todo tipo de sangue é a vida da carne, e a vida é sagrada aos olhos de Deus.
Entendem que transfundi-lo venalmente é a mesma coisa que comê-lo; e sendo assim; quem transfunde o sangue ESTÁ COMENDO A VIDA.

Toda confusão começa nesse verso de Atos dos Apóstolos.
Atos 15:20 –…… Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, ...d..o... q..u..e... é... s..u..f..o..c..a..d..o... (ou estrangulado)... e... d..o... s..a..n..g..u..e.

Prá entendermos legal isso; durante o transcorrer desse trabalho temos que ter sempre 1 única coisa em mente:
"O ponto central" na proibição; de Noé até Atos 15 (abster-se de sangue), sempre foi a vida da criatura; a que morreria; e nesse caso o que que importa é saber se o sangue que vai estar em questão; procede de criaturas abatidas pelo homem ou não.
A grande maioria das testemunhas de Jeová entendem que o sangue é a vida literalmente; ou seja; não separam a vida do sangue, como 2 coisas diferentes que são.
Isso é tão evidente que quando lhes mostro essa literatura (deles) que vou colocar abaixo; eles se espantam porque nela os próprios dirigentes declaram que “não é literal essa história do sangue ser a vida (alma) da carne”; e nesse caso; contrariamente ao que entendem; os próprios dirigentes SEPARAM O SANGUE DA VIDA como sendo 2 coisas diferentes.

Estudo Perspicaz// Alma; 25.o paragr: ....... as Escrituras falam da né•fesh (alma) como estando “no sangue”. Obviamente, não se quer dizer isso de forma literal; visto que as Escrituras também falam do sangue das vossas almas”.

Encontramos várias literaturas da religião, onde  dizem que o sangue está “intrinsecamente ligado a vida”; mas “estar ligado” não quer dizer que as 2 coisas são as mesmas.
E lembrando; o sangue “é vida somente quando a vida” é decepada da carne pela mão do homem.
Nesse momento; “a vida”, que é a coisa sagradaé transferida numa forma simbólica ao sangue, tornando-o depois disso “sagrado”; porque passou á estar no lugar “dela”.
Tudo sempre se tratou de simbolismo.

Vamos citar novamente + alguns exemplos disso:
“O vinho” na santa ceia simbolizava o sangue de Jesus; “o pão” da santa ceia simbolizava a carne de Jesus; “o pão ázimo” da páscoa judaica simbolizava o livramento do cativeiro no Egito; “as ervas amargas” simbolizavam o tempo de dor que viveram no Egito; enfim "o vinho” da páscoa judaica também simbolizava o sangue do cordeiro; o que foi usado nos umbrais das portas de Israelitas.
Todos esses “emblemas” só foram sagrados nos "eventos das comemorações" (tanto é que se alguém desrespeitasse qualquer um deles  Deus o matava).
Agora; não seria por isso que “todos os vinhos; todas as ervas amargas; todos os pães”, seriam sagrados, mas somente os usados nesses eventos (páscoa e santa ceia).
Com o sangue não é diferente: O sangue sagrado seria somente o do “evento da morte do animal”; pela mão do homem.

As testemunhas afirmam que o termo "Abster-se de sangue" traz algo "diferente" da proibição relativa ao sangue do velho testamento, mas contraditoriamente ela vai afirmar que são as mesmas nas literaturas abaixo.
Como vimos; as proibições do velho testamento estavam direcionadas ao sangue das criaturas que seriam mortas pelo homem, e não a “Qualquer espécie de sangue” como a Organização ensina erradamente.
Embora as testemunhas de Jeová estudem tanto a bíblia; se prendendo obstinadamente á palavra “ABSTER”; a maioria delas por conta dessa obstinação desconhecem que a proibição dada pelos apóstolos em Atos (Abster-se de sangue), é a mesma proibição relativa ao sangue do velho testamento (Noé e Moisés); e que foi somente reafirmada em Atos dos apóstolos.

Vemos essas 6 literaturas contraditorias:
A Sentinela 15/04/1985// par 11: ....... A lei de Deus sobre o sangue CERTAMENTE NÃO É NOVA nem indefinida. Jeová ordenou a toda a humanidade, por intermédio de nosso antepassado comum, Noé......etc.

A Sentinela 15/01/1995// par. 1//pág. 6: ....... Os cristãos não estão sob a Lei mosaica, mas entendem que a ordem de não comer sangue (ABSTER-SE DE SANGUE) ERA ANTERIOR A LEI; FORA DADA Á NOÉ DEPOIS DO DILÚVIO.....etc.

w 04 1/1 pp. 28-31: .........Com o desaparecimento do mundo PRÉ DILUVIANO (NOÉ), a humanidade entrou numa nova era. O homem RECEBEU A MISSÃO DE COMER CARNE, mas com a ordem de “”ABSTER-SE DE SANGUE””.

Estudo Perspicaz//Sangue// paragr.12 e 13 pág 522: ........ Esta proibição de comer sangue DADA É NOÉ E TODA A SUA POSTERIDADE, e repetida aos israelitas.......; nunca foi revogada; mas ao contrário, FOI CONFIRMADA NO NOVO TESTAMENTOAtos 15; .....etc”.

Estudo perspicaz; pág. 524, tópico; Sob o arranjo cristão: ......... “Esta lei [SE ABSTER DE SANGUE] era mais antiga do que os dias de Moisés, sendo dada a Noé e seus filhos.

Estudo perspicaz; pág. 524, tópico, Sob o arranjo cristão: ....... não eram obrigados a ser circuncidados e a guardar a lei de Moisés, eles excetuaram esta lei de ABSTER-SE DE SANGUE............. como sendo uma lei anterior de Deus........... etc.

Vimos nas “palavras preenchidas com cor”, nas literaturas; a religião declarando que quando Tiago usou a palavra "Abster-se", ele não trazia nada de novo ou diferente. Ela mesmo concordou que a proibição de Atos dos apóstolos é a mesma proibição dada á Noé e Moisés na lei, e que foi somente confirmada no novo testamento.
Mas como dissemos; a grande maioria das testemunhas de Jeová desconhecem isso; achando  que só porque Tiago usou a palavra “abster-se de sangue”, a proibição de Atos vai mais além do fundamento das proibições do velho testamento; que era a morte da criatura.

Se você prestou atenção na leitura até esse ponto do trabalho; redobre a sua atenção nesse comentário:
Se o "Abster-se de sangue" é a mesma proibição do velho testamento dada á Noé e Moisés (a Organização concordou acima), e que nunca foi revogada (ela também declarou isso acima), mas somente confirmada no novo testamento (também disse isso acima); e as do velho testamento eram vinculadas á mortes; então o "Abster-se de sangue de Atos dos apóstolos" (sendo a mesma (declararam acima)); também está vinculada somente á mortes.
Nesse caso a Organização também teria de reconhecer que o “abster-se de sangue” de Atos dos apóstolos, só pode se aplicar á sangue de animais, e não á sangue de transfusões (de vivos), porque em transfusões de sangue “ninguém mata”; ou seja; não tem morte.
Os cristãos foram recomendados á se absterem de sangue, porque assim como Noé e Israelitas, também tem de matar prá comerem da carne; e naturalmente eles também tem de devolver as vidas das vítimas; .....no sangue delas é claro.
Quando Tiago disse: “Que se abstenham; do sangue”; ele não lhes trazia uma proibição nova ou diferente como as testemunhas entendem; mas repetia uma proibição antiga.
Certo é que em transfusões ninguém viola “o foco real”; ou; “o motivo fundamental” comum nas 3 fases da proibição: ((1) Noé; (2) Moisés; (3) Atos 15:20); que era a morte da criatura.

Conferimos "o abster-se de sangue" de Atos se referindo também á sangue de matados. O texto apenas separa essa única proibição, por causa de 2 situações que poderiam existir; ....... comerem ele isoladamente da carne, e na carne (sufocado ou estrangulado).
Atos se refere somente á sangue de animais "MORTOS", e por mãos de homens.
O texto de Atos 15:29 fala sobre o sangue "em 2 situações"; ...... uma fora da carne; e a outra preso na carne:
Atos 15:29- .......Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, DA CARNE SUFOCADA (1), E DO SANGUE (2)......etc.
1- ...... SANGUE PRESO NA CARNE; .........o estrangulado ou sufocado.
Um animal só pode ser SUFOCADO ou estrangulado por homens, portanto nesse caso Atos fala de carne de "MORTOS" por homens..
2- ......SANGUE FORA DA CARNE.
Claro que o sangue nesse caso também teria que ser o de animais "MORTOS" por homens.
Obviamente; se Tiago falava sobre "não comerem" sangue preso na carne (sufocado), não poderia se esquecer de proibi-los de comerem o sangue fora da carne; por isso em ambas as situações ele se referia á sangue de mortos.
Se o texto de Atos fala de "sangue preso na carne"; que inquestionavelmente se trata de ANIMAIS MORTOS pelo homem; obviamente "o sangue fora da carne" mencionado NO MESMÍSSIMO TEXTO, ainda tem de se tratar de sangue de ANIMAIS MORTOS pelo homem também, pois afirmar o contrário é invalidar o contexto .
Ou seja; nas 2 vezes que Atos dos apóstolos 15:29 menciona o sangue, ele se refere á sangue proveniente de animais abatidos por homens (expiações; sacrifícios; holocaustos; E ALIMENTOS).
Não tem como aplicar isso á todo tipo de sangue (inclusive de criaturas vivas (DOADOR DE SANGUE)), como as testemunhas de Jeová  fazem, porque estão tirando o texto de seu contexto.
Portanto a palavra "abster-se de sangue" em Atos não traz nada de  diferente, como as testemunhas ensinam, mas apenas reafirmava no novo testamento, a proibição milenar sobre o sangue; onde todos os servos de Deus do passado, se abstinham do sangue de animais quando abatiam.

Existe um outro contexto TAMBÉM FORA DE ATOS:
Notamos que desde Gên. 9:3 e 4 (onde Deus fala PELA 1.a VEZ sobre a proibição do sangue); até  Atos 15 (onde Deus fala PELA ÚLTIMA VEZ sobre o proibição do sangue); Ele sempre ligou  essas proibições á sangue provenientes de animais abatidos pelo homem.
Não tem como refutar o óbvio pois o contexto tem de ser respeitado.
Os que afirmam que o texto se aplica á sangue de vivos também, está tirando o texto do contexto, porque em toda volumosa bíblia; onde se fala na proibição (inclusive Atos 15:29), a morte da criatura estava sempre associada.

Como dissemos acima; antes dilúvio os homens não comiam carne.
Quando Deus inundou a terra com as águas os frutos da terra desapareceram, e em consequência disso surgiu uma necessidade extrema pro homem; “não teriam o que comer”.
Depois do dilúvio passaria á haver uma matança desenfreada de animais,  prá que o homem pudesse suprir suas necessidades alimentares; e Deus precisaria isentar o mesmo homem da culpa de sangue, PORQUE ATÉ ENTÃO ELE PROIBIA QUE MATASSEM, á não ser quando ofertavam ou faziam holocaustos.
A proibição de comer o sangue foi nada mais nada menos que "um  arranjo" criado por Deus, prá que Noé e seus descendentes (toda humanidade) matassem prá comer, e pudessem ser isentos da culpa pela morte, ...... quando devolviam o sangue da vítima.

Gênesis 9:3- Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento (animais); tudo vos tenho dado como a erva verde.

Atentemos prá isso:
"S e r á     p a r a     v o s s o     m a n t i m e n t o”.
“Será” é futuro; significando que somente á partir dessa ordem Deus iria permitir que o homem matasse, e usasse como alimento a carne de suas criaturas (animais).

“......Tudo vos tenho dado (animais), como a erva verde”.
Essa ordem veio depois que as águas baixaram; ou seja, Ele estava dando também a carne de tudo que “se movia e era vivente” (animais), como havia dado até aquele momento a erva verde.
Antes do dilúvio os homens só matavam animais quando ofertavam á Deus (oferta de Abel); portanto de forma alguma essa morte lhe seria imputada, porque ofertava ao dono da vida.
Até Noé a relação entre homem e animal era pacífica porque o homem se alimentava somente do que a terra produzia, e do leite de seus animais (Abel era pastor de ovelhas); e por certo se vestia da pele dos animais “ofertados”.

Depois de Noé a relação homem//animal mudaria.
Gênesis 9:2- será o vosso temor e o vosso pavor sobre todo o animal da terra......etc.
Gênesis 9:3- Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento;......etc.

Dá a entender que a partir daí a relação homem//animal mudaria, porque os homens iam começar á matá-los prá alimento. Sugere-se então que até o dilúvio não havia “temor e pavor” entre amboscom certeza porque não havia matança de animais “prá alimento”.
Se matassem antes de Noé; salvo quando ofertavam; estariam tirando uma vida de Sua criatura desnecessariamente porque não comiam carne; ...... portanto Deus não permitia matar.
E se não permitia; P R O I B I A.
Quando o Criador permitiu ao homem matar animais prá alimento, não queria dizer que podiam matá-los desnecessariamente, como fazia Ninrode. “Tal coisa” era um dos atos malignos; entre muitos outros que ele praticava diante de Deus.

Deus permitiria que matassem prá comer, mas exigiria suas vidas de volta.
(Gênesis 9:5- “Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas......”).

Se Deus disse que requereria a vida do animal; no seu sangue (o sangue DAS VOSSAS VIDAS), significa que também tinha em grande estima a vida do animal.

Gênesis 9:5- “Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas......”.
Como vida é imaterial (impalpável); tipo: não tem como pegar nas mãos prá devolver á Deus; entretanto com uma transferência simbólica da vida pro sangue isso se tornaria possível.
Devolvendo O SÍMBOLO (derramando o sangue da vítima ao solo), era como se devolvessem a vida da vítima á Deus.
Se o homem não devolvesse o sangue (o comesse com a carne); Deus lhe imputaria a morte do animal, porque comeu a vida que estava transferida no sangue.
Teria culpa de sangue; por isso era punido com a morte.
Foi esse o sentido que Deus deu quando disse que “a vida estaria no sangue”; ou “que o sangue era a vida”.
Notadamente as proibições do sangue “giravam em torno” de vidas que seriam ceifadas, e não de todo e qualquer sangue como as testemunhas de Jeová supõe; portanto o sangue sagrado aos olhos de Deus seria o sangue de vitimas feitas pelo homem.
Repito; isentar o homem da culpa de sangue (da morte do animal) foi sempre o único propósito da proibição (de Noé até os cristãos).
Obviamente se tudo girava em torno de mortes; então pro cristão não importa saber se transfusão de sangue é a mesma coisa que comer sangue, porque numa transfusão ninguém mata; ou seja; ninguém tem vida prá devolver á Deus.

Os versos abaixo escondem "a chave" que abre a interpretação dessa questão tão polêmica (Gênesis 9:5 é o + revelador).
Gênesis 9:4- “A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sanguenão comereis”.
Gênesis 9:5- “Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas....”.
Levíticos 17:11- “Porque a alma (vida) da carne está no sangue, ...etc”.

De forma alguma esses 3 textos estão dando à entender “unicamente” que o sangue É (ao pé da letra) a vida do homem ou do animal enquanto vivos; mas como já vimos anteriormente; “no contexto bíblico”, Deus sempre associava a proibição com mortes, levando-nos á concluir que isso da alma (vida) estar no sangue, ocorreria depois da vida ser “matada”.

Os textos falam por si próprios:
“A carne, porém, com sua vida (a que morreu; é claro), isto é, com seu sangue não comereis (já não poderia ser um sangue qualquer porque a vida morta foi transferida simbolicamente á ele)”.

Gên. 9:5- "O sangue ...d..a..s..... v..o..s..s..a..s...... v..i..d.a..s".
Prá entendermos melhor a questão; vamos usar essa paráfrase no singular:
“O sangue ...d..a....... s..u..a..... v..i..d.a..”;
ou a mesma coisa que dizer;
O sangue ...d..a...... v..i..d..a...... d..e..l..e..”.

Colocando assim; conseguimos perceber claramente que 1 não era o outro; mas 1 seria o outro; ou seja; o sangue “ia substituir” (como estando em lugar da vida) ou “representar” a sua vida morta.

Será que “vosso sangue” ou “vossas vidas”, se aplica somente aos homens como muitos afirmam??
Gênesis 9:5- Certamente requererei o vosso sangue (homicídio).....etc.

Muitos entendem que esse “vosso sangue” desse texto se aplica á sangue de homens somente; ou que Deus requereria somente a vida de homens (homicídio); mas vamos perceber que “esse plural” se trata de sangue  de animais também, por isso Deus matava quem o comesse.

Vejamos:
Vosso” ou “vossa” é plural.
A pergunta é: Esse plural se aplica á sangues de homens, ou á 2 tipos de sangues (homem e animais)?
Prá entendermos bem essa questão temos de ler os 2 versos (9:4 e 9:5) na sequência; sem a interrupção feita pelo versículo.
Fazendo a leitura dessa forma perceberemos que o plural ai se refere á sangue de homens e animais; porque o verso 9:5 é uma continuação do assunto inacabado de 9:4 (lembrando que os números de capítulos e versículos não existiam nos escritos originais da bíblia (foram inseridos por volta de 1220)).

Vamos colocar os 2 versos com os números versiculares, e em seguida sem eles:
Com os números versiculares.
Gênesis 9:4 - A carne porém, com sua vida; isto é; com seu sangue, não comereis. (sangue de animal).
Gênesis 9:5- Certamente requererei o vosso sangue (homicídio), o sangue das vossas vidas.

Sem os números versiculares.
A carne porém, com sua vida (animais) isto é; com seu sangue, não comereis. Certamente requererei o vosso sangue (homicídio), o sangue das vossas vidas (animais e homens).
Observamos que, na sequência da leitura; de Gênesis 9:4 (Deus falava de sangue animal) prá Gênesis 9:5; ao dizer “vosso sangue”, Ele estava se referindo ao sangue do homem com quem falava (Noé), e ao sangue do animal que acabara de mencionar á esse homem em Gênesis 9:4.

Importante:
Se algum homem mata um animal, e não sangra; e nós comermos dessa carne tendo conhecimento disso; seremos culpados pela morte da vida (ser vivente). Será “requerida” de nós; mesmo que não a tenhamos matado.
Seríamos transgressores porque teríamos “ciência” da obrigatoriedade da devolução da vida; no sangue; .....requerida por Deus desde Noé.
Saberíamos que “o sangue nele era vida”, porque teve sua vida decepada por um homem,  prá ser usado como alimento; e como não foi sangrado; o Representante dela (o sangue) ainda estaria na carne; nesse caso, a vida.

Vemos o apóstolo Paulo aconselhando os da igreja de Corintos á não perguntarem como o animal fora morto quando fossem convidados á uma ceia, ou quando comprassem carne nos açougues:
O conselho de Paulo era prá carnes oferecidas aos ídolos, mas sua preocupação também estava voltada prá questão da carne ter sido ou não sangrada.
Certamente a preocupação de Paulo era alertá-los quanto á “culpa de sangue” que atrairiam sobre eles; caso comessem carne com sangue.
Tudo isso que vimos derruba por terra toda questão ensinada pela Organização sobre “suster a vida” (venal ou oral ); porque a proibição de atos dos apóstolos tem a ver única e exclusivamente, com a questão do homem não ter culpa de sangue (ser homicida) na presença de Deus, porque “matariam”  prá comer.
E se tudo girava em torno das vidas que morreriam; e que Deus requereria; então pro cristão não importa saber se comer pela boca é o mesmo que comer pela veia.
O que percebemos nisso tudo, é uma “baita mudança de foco” na proibição de Atos dos apóstolos, por parte dos dirigentes da religião testemunha de Jeová; prá sustentar um ensino que de bíblico não tem nada. 

Sangue é sangue; e vida é vida. São 2 coisas diferentes.
Exemplos:
Quando um assassino tira a vida de uma pessoa, ele ceifa (mata) a vida;  e não o sangue.
Na criação do homem; mesmo o sangue estando no corpo; inerte como uma estátuanão havia vida alguma nele.
Somente depois que Deus soprou o espírito nele é que A VIDA ENTROU; portanto sangue é uma coisa, e vida é outra coisa (um não é o outro).

1 coisa importantíssima nisso e que a grande maioria das testemunhas de Jeová NÃO SABEM:
Essa proibição tão polêmica de Atos 15 (abster-se de sangue), é nada mais nada menos que a continuação das proibições sobre o sangue, que Deus deu primeiramente á Noé, e depois á Moisés na lei; e todas elas sempre estiveram ligadas Á MORTE.
Noé foi o 1.o homem que teve que se abster de sangue”; ou seja; Atos 15 começou á entrar em vigor no seu tempo, porque PASSOU Á MATAR prá comer.
É muito importante termos sempre isso em mente; ou seja; “em todos” os versos bíblicos onde Deus liga o sangue com a vida, a morte estava associada no contexto.

Gênesis 9:5: ""Certamente requererei o vosso sangue, o sangue de vossas vidas”.
No texto bíblico, o que Deus requereria na realidade era a vida da criatura morta; e claro; isso só poderia ser possível na devolução do seu representante; o sangue; por isso Ele disse: .....o sangue “de vossas vidas”.
Como disse; a vida sempre foi "O PONTO CENTRAL" na proibição do sangue em toda a bíblia (do dilúvio até Atos 15).

O sangue como um símbolo, e não como a vida propriamente dita.
E repetindo; podemos comparar essa "transferência simbólica" da vida pro sangue, com a mesma "transferência simbólica" que Jesus fez, quando disse que o pão e o vinho da santa ceia seriam “a sua carne e o seu sangue”.
Em ambas as situações não se tratava de literalismo.

Vou colocar 2 literaturas onde a Organização concorda que se tratava de apenas uma simbologia, e que o sangue não é a vida da carne literalmente:
A Sentinela 01/09/1986- 3.o paragr:
"Antes de comerem a carne, eles deviam derramar o sangue e cobri-lo com pó; deste modo......... (estariam) simbolicamente devolvendo a vida á Deus.
Estudo Perspicaz// Alma; 25.o paragr: ....... as Escrituras falam da né•fesh (alma) como estando “no sangue”. Obviamente, não se quer dizer isso de forma literal; visto que as Escrituras também falam  do sangue das vossas almas.

Vimos ai a religião concordar que não era literal isso, e se não era literal ERA SIMBÓLICO.
Nas 2 literaturas também declaram que Deus enfatiza a vida que seria tirada, quando disseram que "derramando o sangue” estariam devolvendo de  forma simbólica” a vida á Deus.
Claro que a literatura se  refere ai A VIDA que seria ceifada na morte.
Quando os dirigentes das testemunhas de Jeová direcionam a proibição “prá todo tipo de sangue”, ou prá essa história de "comer pela boca ou comer pela veia", estão desviando “o único proibição” que era  sangue de vítimas; que contraditoriamente concordaram na literatura acima.
Em transfusões de sangue ninguém tem alguma vida á devolver á Deus, porque ninguém mata; portanto não tem como aplicar a proibição de Atos 15:29 (abster-se de sangue), á sangue de transfusões.
Quando Deus usou de Tiago em Atos 15:29 dizendo prá se absterem  de sangue; Ele visava na proibição somente a vida que seria ceifada na morte, como visava quando ordenou que Noé e Moisés também “se abstessem” de sangue.
O sangue das criaturas “abatidas” é que era importante pro “Dador da vida” (Deus), porque nele estava suas vidas que seriam mortas (transferidas simbolicamente).

2 evidências bíblicas que mostram claramente o equívoco da Organização:
1- Não vemos em nenhum lugar na bíblia onde Deus faça a relação do do sangue com a vida; sem que mortes não estivessem associadas. Quando Ele falava sobre as proibições do sangue aos seus servos no passado, era sempre quando matavam.
2- Não encontramos em nenhum lugar na bíblia onde Ele faça isso quando a criatura está viva.

A Organização ensina que a proibição se refere “á todos os sangues” (independente da criatura estar viva ou não); citando sempre Levíticos 17; versos 10 e 11.
Vamos colocar  os 2 versos usados por ela prá darem sustentação ao seu ensino; entre outros 2 do mesmo capítulo; prá observarmos essa questão; sob á luz de um contexto.
1.o verso
Levíticos 17:3- Qualquer homem da casa de Israel que degolar boi, ou cordeiro, ou cabra, no arraial, ou quem os degolar fora do arraial,.......etc.

2.o verso (.u..s..a..d..o... p..e..l..a... O..r..g..a..n..i..z..a..ç..ã..o...  prá sustentar seu ensino).
Levíticos 17:10- E qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que comer ALGUM sangue, contra aquela alma porei a minha face, e a extirparei do seu povo.

Observação:
Em levíticos 17:10 onde diz: "Que comer algum sangue"; na bíblia das testemunhas de Jeová colocaram: “Que comer qualquer espécie de sangue”.
Embora isso não altere o contexto, a tradução fica bem tendenciosa porque “amarra” o raciocínio da testemunhas, na ótica que estão acostumadas á ver.

3.o verso (.u..s..a..d..o... p..e..l..a... O..r..g..a..n..i..z..a..ç..ã..o...    prá sustentar seu ensino).
Levíticos17:11- Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.

4.o verso
Levíticos17:13- Também qualquer homem dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que caçar animal ou ave que se come, derramará o seu sangue, e o cobrirá com pó.

Nota- Qualquer assunto na bíblia tem de ser lido à luz de um contexto e não por um verso isolado como as testemunhas fazem com esses 2 versos de Levíticos (Lev.17:10 e 11).

Analisemos os 2 textos de Levíticos usados pela Organização prá sustentar seu ensino:
Levíticos 17:10- Qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que comer algum sangue....etc.
Levíticos 17:11- “Porque a vida da carne está no sangue.........etc”.

Lendo sob contexto; será que esses 2 versos bíblicos estão dando à entender “unicamente” que Deus se referia à “todos os sangues”; incluindo o de criaturas vivas como a sociedade entende?
A resposta é não, pois no contexto Deus estava falava o tempo todo de animais que os homens “iam”  matar prá comer; prá sacrifícios e prá holocaustos (Levíticos 17:3 [degolar o animal]; 17:5 [trazendo os seus sacrifícios]; 17:8 [oferecer holocausto]; 17:13 e 17:15 [caçar animal ou ave ou corpo encontrado morto].
Em nenhum momento no capítulo Deus falava de criaturas vivas.
(Interessante que a religião alardeia aos 4 ventos, que sempre faz uso de contextos nas suas interpretações bíblicas, mas o que se nota é que ela faz isso somente quando lhe convém; pois nessa questão do sangue ela não o usa).
No contexto; quando Deus disse: “Que comer algum sangue”; Ele se referia aos sangues de criaturas mortas (abatidas pelo homem), e não á todo e qualquer sangue (criaturas vivas).
Claro que o sangue das vitimas tornava-se sagrado, porque como já vimos; “estaria” no lugar das vidas mortas.
Temos de analisar qualquer questão bíblica sob 2 formas de contextos, e essa do sangue (principalmente), não poderia ser diferente.

Existe o contexto de 1 CAPÍTULO TODO; e contexto de TODA A BÍBLIA.
1- Contexto DO CAPÍTULO TODO.
Fazendo a leitura de TODO capítulo (17); “sob contexto”; lemos que nos versos 3; 5; 8; 13; 15 Deus se referia á sangue de animais que os Israelitas matariam (degolar o animal; caçar animal; oferecer holocausto; trazer sacrifícios; corpo encontrado morto).
As testemunhas de Jeová cometem o absurdo de dizer que só porque o capítulo “inteiro” de Levíticos 17 se refere á sangue de animais abatidos prá serem usados como alimento; não quer dizer que Deus não se referisse á sangue de criaturas vivas também.
Só que não é verdade porque quando analisamos essa questão sob "O CONTEXTO DE TODA A BÍBLIA", vemos Deus associando a proibição do sangue com mortes .

2- Contexto de  TODA A BÍBLIA.
100 % das vezes que Deus faz a relação sangue/vida em toda volumosa bíblia, Ele o faz vinculando com mortes.
Diante dos contextos; seria razoável concluirmos que Deus “se refere também á sangue de criaturas vivas”, se em nenhum momento sequer (na bíblia), Ele faz a relação do sangue com a vida,  sem que a morte; direta ou indiretamente não esteja associada??
Se concluirmos que Ele se refere á sangue de criaturas vivas também; mesmo o contexto dizendo não; então prá que nos serve a palavra "contexto"??
Os números indicam claramente o que devemos concluir.

Prá entendermos bem essa questão NÃO PODEMOS NOS ESQUECER de 2 coisas de extremíssima importância:
1- Qual era “O Foco principal na proibição”; se a vida do vivente, ou se o sangue.
2- O que Deus requereria na realidade, de volta do que mataria; e que  tinha por “extremamente sagrado”; o sangue ou A VIDA do vivente!?

Vamos colocar algumas literaturas da Organização, onde ligam a proibição somente com sangue de criaturas “matadas”:
1.a literatura
Estudo Perspicaz// Sangue; 3.o e 4.o paragr: ......Portanto, “tirar uma vida” é tirar uma propriedade de Jeová..... Nenhum homem tem o direito de tirar uma vida, exceto.......etc.
......Todavia, eles tinham que reconhecer que a vida de qualquer animal “abatido” como alimento, pertencia á Deus, fazendo isso por derramarem o sangue do animal qual água sobre o solo. “Isto era como devolver a vida á Deus”.

2.a literatura
A Sentinela 01/09/1986- 3.o paragr: ......Antes de “comerem” a carne, eles deviam derramar o sangue e cobri-lo com pó, deste modo... “simbolicamente devolvendo a vida á Deus”.

3.a literatura
Estudo Perspicaz// Culpa de sangue; 6.o paragr: .......As escrituras............ três modos distintos em que o cristão poderia ter “culpa de sangue”.......; comer ou beber sangue.

4.a literatura
Bh cap. 13 pp. 125-133: O conceito de Jeová era claro: seus servos podiam comer carne animal, mas não o sangue. Deviam derramar o sangue no solo, .............“como que devolvendo á Deus ___A VIDA DO ANIMAL___”.

Atentemos ao “palavreado” das 4 literaturas:
...... Portanto, ”tirar uma vida” é tirar ....etc. (matariam)
...... Isto era como “devolver a vida á Deus”. (matariam)          
...... Antes de “comerem” a carne....etc. (matariam)
...... simbolicamente “devolvendo a vida á Deus”. (matariam)
...... a vida de qualquer animal “abatido” como alimento,...etc. (matariam)
...... o cristão poderia ter “culpa de sangue”. (matariam)
...... como que devolvendo á Deus ____A VIDA DO ANIMAL”. (matariam)

Em todos os “palavreados” das 4 literaturas a religião liga (vincula) a proibição com a morte.
Quando dizem nas literaturas que "devolvendo o sangue ao solo ERA COMO DEVOLVER A VIDA DO ANIMAL Á DEUS", estão falando de morte.
Não posso me cansar de repetir; em transfusões de sangue ninguém tem de devolver alguma vida á Deus porque ninguém mata.
A religião faz isso  também "em todas " as demais literaturas, quando estão falando sobre O MOTIVO FUNDAMENTAL DA PROIBIÇÃO;....... associam a proibição á mortes.

Vejam que interessante; na 3.a literatura ela fala sobre “culpa de sangue”, e que está corretíssimo.
O termo “culpa de sangue” é aplicado á quem mata (tira uma vida).
Quando a Organização diz no texto que seria aplicado a “culpa de sangue” sobre quem comesse o sangue, ela está enfatizando a morte (o homem matava prá comer); ou seja; ela se refere á sangue de criaturas quando matavam, e não á todo e qualquer sangue.
Ninguém que come ou bebe sangue teria culpa de sangue simplesmente porque comeu o sangue; mas porque matou a criatura, e sua morte lhe foi imputada.
Comendo o sangue teria “culpa de sangue” porque comeu a vida que estava transferida no sangue.
O interessante é que sempre que a Organização “entra nesse assunto” nas suas literaturas, ela TAMBÉM faz o vínculo entre a proibição e o sangue de criaturas “ABATIDAS PELO HOMEM”.

Culpa de sangue (h o m i c í d i o), e o sangue de todas as criaturas (homens; E TAMBÉM ANIMAIS).
Gênesis 9:5- “Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas”.

“Requererei” está no sentido de Deus pedir conta da vida que foi morta (animal ou homem), do que a tenha matado; ficando evidente que esse “Requererei vossas vidas” está vinculado claramente ao homicídio (por isso era aplicada a pena de morte em quem comesse o sangue isoladamente; ou o animal estrangulado).
Quando associam o "comer sangue" com o homicídio (e corretamente); deviam concordar que a proibição, á sangue de transfusões; é um absurdo sem precedentes, porque ninguém ninguém precisa ser isento de alguma morte, simplesmente porque ninguém mata.
Nesse caso “a historinha antiga do comer pela boca ou pela veia”, é uma mudança e tanto de foco na proibição; porque; mesmo que transfundir sangue fosse a mesma coisa que “comer sangue”; ainda assim transfusões não violam a lei divina, simplesmente porque as proibições sobre o sangue estavam ligadas SOMENTE á sangue de criaturas abatidas.

Claro que seria diferente no caso de um homem matar o outro.
A culpa de sangue nesse caso recairia automaticamente sobre o matador, porque não haveria restituição de vida através de “derramamento de sangue ao solo”, como ocorria com os animais usados de alimento.
Voltamos á repetir; “a morte da vida” SEMPRE foi a razão das proibições sobre o sangue, e até onde se sabe; em transfusões ninguém mata.

As testemunhas de Jeová ensinam que o sangue “é sagrado”, ou “tem santidade”; mas isso NÃO ESTÁ ESCRITO NA BÍBLIA.
Será que “o sangue de todas as criaturas vivas” é sagrado, ou tem santidade como a religião ensina??
Conforme vimos até aqui; de Noé até nós, Deus sempre se preocupou e deu importância á sangue “de criaturas que eram mortas”, e consequentemente a “intenção da proibição” era isentar o homem da culpa pela morte da criatura.
Se o homem devolvesse a vida "matada" (estava no sangue); tal morte “não” lhe seria imputada.
Se o homem comesse a vida que mataria (estava no sangue); a culpa pela morte do animal lhe seria imputada; ....... vemos a religião concordar com isso na literatura abaixo:

Na literatura ela associa associa o "comer sangue" com o homicídio.
“Em uma das primeiras referências ao sangue, o Criador declarou: Tudo que vive e se move vos servirá de comida,. . . . Contudo não deveis comer carne com vida, isto é, com sangue....... Pedirei contas de vosso sangue que é a vossa vida””; e então condenou o homicidio”.

Comentando sobre o site da Organização:
“........Contudo não deveis comer carne com vida, isto é, com sangue....... Pedirei contas de vosso sangue que é a vossa vida”; e então condenou o homicídio”.

Vejam que estranho:
Porque no fim do texto a Organização associa a proibição dada á Noé (comer Sangue) também com o homicídio??

Vejamos:
Se transfusão de sangue não tem nenhuma relação com homicídio (morte), onde está a base bíblica prá proibirem transfusões de sangue??
Nesse caso; como poderia uma transfusão de sangue ser condenável diante de Deus, se nem doente e nem doador matam (praticam homicídio)??
Agora vejamos; se dissermos que obedecemos simplesmente porque está escrito “abster se de sangue”; ou seja; levamos ao pé da letra sem buscarmos “o porque da coisa” (principalmente em se tratando de vidas); será que o nosso comportamento não está sendo ignorante como aquele que morre com uma bomba no corpo, crendo numa “fé cega” em coisas que “não entendeu”; e muito menos quem “lhe ensinou”??
Só que; se perguntarmos á uma testemunha de Jeová sobre a parábola do “rico e do lázaro” onde Jesus diz que o rico se encontrava numa situação “desfavorável”, mas o lázaro numa “melhor”; ela vai dizer que entendem diferentemente da grande maioria das religiões, porque não levam “esse assunto” ao pé da letra; ou seja; buscaram um fundamento prá sustentar seu entendimento sobre isso.
Só não dá prá entender porque também não aplicam esse mesmo raciocínio na questão do “abster-se do sangue”, porque como já dissemos; muitas vezes alegam que não fazem transfusões simplesmente porque está escrito “abster-se do sangue”.
Isso eles levam AO PÉ DA LETRA.

Essa é uma outra ilustração que usam quando alegam isso:
"Se um médico diz á um homem que precisa abster-se de álcool; e “tal” homem deixasse de beber o álcool, mas fizesse que este lhe fosse injetado diretamente nas veias; ele estaria obedecendo à ordem dada pelo médico??”.
Argumentar assim, é nadar vergonhosamente na superfície de um abismo de ignorância, porque essa é uma questão seríssima; se trata de vidas.
Se esse trabalho fosse feito somente prá pessoas que não fossem testemunhas de Jeová, poderíamos parar por aqui, porque temos certeza que já teriam entendido; mas como sabemos que uma testemunha poderá lê-lo; TEMOS QUE MOSTRAR AS CONTRADIÇÕES nas suas próprias literaturas, e por conta disso; as muitas repetições infelizmente tornam a leitura maçante.
Porém somente dessa forma uma tj poderia “enxergar” o foco verdadeiro da proibição sobre o sangue, por causa da névoa de “conhecimento errado” que ficou exposta por anos.
Por muitos anos ela foi condicionada á ver um outro foco na proibição que não existe (todo tipo de sangue); e que é tão bíblico quanto foram as vacinas; os transplantes; os alumínios; as datas dos amargedons; etc).

Continua na II parte......                                                                                          

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